sábado, 4 de janeiro de 2014

vida, vivida, perdida

Viver, crescer submeter-se apoiar-se em alguem?
perder, morrer aos poucos deteriorar-se transitar pelo inverso
sobe que desce voa que plana pensas que sabe não cres que engana
tormenta mares da desilução guarda contigo essa loucura
paradoxos que nos lembram entregam-me à contradição ou querer, ou ser
como pôde? vi(m)ver-te querer-te, mas fazer desabar-lhe a vida
volta-se contra si escapa-me o que tenho assumo, torno-me o que não posso ser
finos grãos dissipam-se no ar unidos formavam-se sólidos são, agora, inúteis
linha fina que desliza tênue, se entrelaça formam-se trezentos nós se arrebentam em corpo e alma
tolo! pensas como um ages como outro és sonhador, mas perverso
repensa, reflete tua vida em boas horas perde-a sem saber em poucos segundos
retoma tua linha! desata estes nós puxa, estica mantenha firme
se o desenrolar deixa marcas tece sempre em frente que novas linhas recomporão estas dobras
num entrelaçar ordenado cruza antigos nós mas para formar novos e mais belos, tecidos

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