segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A polêmica do ENEM



Gostaria antes de tudo, de deixar claro, que todo e qualquer conteúdo postado nesse blog é de cunho opinativo-argumentativo, portanto descrevo e discorro aqui sobre fatos do meu ponto de vista.

Desde ontem se instaurou nesse nosso país, de ORDEM e PROGRESSO, uma polêmica imensa em torno das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que é aplicado todo o ano à qualquer estudante de ensino médio que se proponha a fazê-la, atingido uma enorme área geográfica do país. E acredito que as pessoas saibam da vastidão territorial da qual nosso Brasil é dono. Mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados povoados por quase 185 milhões de habitantes nos mais ínfimos cantos dessa terra sem fim.

Diante de tais grandezas, fica subentendido que para se fazer um exame de tamanhas proporções é necessário uma organização além da habitual, e ainda assim haverá erros. Ao errar as pessoas sempre recorrem àquela velha frase “Errar é humano!”, claro, quando o erro é com elas. Mas sentar na poltrona, ver o jornal, concordar com tudo e apontar o culpado é muito fácil. Faço-lhes a seguinte pergunta: e aqueles que elaboram a prova, também não são seres humanos?

De forma alguma tento justificar o erro ocorrido no ENEM nos dias 6 e 7 em algumas partes do Brasil, pelo contrário, também tenho minhas criticas diretas ao INEP (órgão responsável pela organização da prova). Todavia devo admitir que o buraco é mais embaixo. Primeiramente um erro insignificante de troca de títulos de um gabarito que sequer modificava qualquer tipo de marcação no mesmo, além disso, os erros recorrentes à faltas de questões no caderno amarelo de provas ocorreram em menos de 1% das provas, ou seja, pouquíssimas pessoas foram afetadas e ainda terão a oportunidade de refazer a prova, será que são erros suficientes para cancelar uma prova desse cunho?

Não quero desconsiderar aqueles que foram prejudicados, concordo que a prova deve ser feita igualmente para todos, entretanto vale a pena trocar quatro mil por quatro milhões? Acredito que não.
Enfim, a crítica que faço ao cancelamento do ENEM não se direciona ao INEP, mas sim à esse Judiciário, que quando deveria estar defendendo os direitos do cidadão através da constituição, utiliza desses deslizes para gerar polêmica e lucro para a mídia controladora, além de ser uma das formas encontradas para atacar a imagem do governo federal.

E eu continuo a me perguntar: como se pode levar a sério uma pessoa que recorre à uma simples proibição de uso de lapiseira como justificativa para o cancelamento de uma prova nacional, e ao obter um resultado negativo volta utilizando de qualquer outro argumento encontrado para de alguma forma prejudicar o exame?
E a justiça, aonde fica?

3 comentários:

  1. É _IMENSURAVELMENTE_ vergonhosa a posição da Juíza. Prejudicar uma maioria por causa de uma minoria foge de qualquer senso lógico de justiça. Tem que ser revisto o caso da minoria sim, mas sem afetar aqueles que não se sentiram lesados.

    ResponderExcluir
  2. Sem falar que essa decisão foi tomada só porque o enem é uma ótima ferramenta pra população desfavorecida conseguir melhores condições de estudos e tal. Aí o pessoal faz uma coisa dessas. É ninguem quer que o pobre suba na vida mesmo não.

    ResponderExcluir
  3. O que tenho a comentar a respeito de um texto do NERD do terceiro ano? Concordo plenamente com você meu caro, e não só concordo como também me revolto frente à essa manipuladora mídia que age a favor dos ricos burgueses brasileiros. Universidade no Brasil pra gente pobre era um sonho e começa a se tornar realidade. O Enem não foi cancelado. A justiça (sobre a injustiça do judiciário, meio controverso né?)prevaleceu.
    Bruno Ribeiro.

    ResponderExcluir